Dia internacional da mulher negra

   No dia 25 de julho é comemorado o dia latino-americano e caribenho da mulher negra. Foi em 1992, em Santo Domingo na República Dominicana, onde se realizou o primeiro encontro de mulheres Afro- Latino-Americanas e Afro-Caribenhas. Data hoje tida na agenda dos movimentos sociais tem responsabilidade com a pauta antirracista como um dia de luta e enfrentamento ao sexismo e ao racismo.
   Diante dos inúmeros desafios a serem superados, a União Nacional dos Estudantes, se junta a todo movimento social negro e demais movimentos sociais e de esquerda para reverenciar a história de luta das mulheres negras brasileiras, latino-americanas e caribenhas, colocando-se lado-alado da luta feminista e antirracista.

A luta é grande e só quem é negro sabe o peso que carrega. Há um grande número de pessoas que dizem que o preconceito não existe mais, mais só quem vive sabe. No meu caso, as piadas sempre são sobre meu cabelo, por mais que pareçam só brincadeiras não deixam de ser preconceito. Porque só cabelo liso é bonito? Porque não tem negra em capa de revista? Porque não tem it-girl, estilista ou blogueira  negra se destacando no mundo fashion? São perguntas sem resposta...

Infelizmente mulher negra geralmente é vista como simbolo de sensualidade, como por exemplo no carnaval, propagandas, etc. Mias não digo isso como lamento, pelo contrário, dia após dia procuro fazer a diferença mostrando que eu sou igual a qualquer um, tenho valores e posso sim crescer economicamente sendo reconhecida pela minha inteligencia.
Somos vaidosas e podemos ter o estilo que quisermos. Cabelos crespos, cacheados, lisos, repicados, grandes, curtos. Faixas e turbantes coloridos, estilo étnico total ou estilo americanizado, ainda sim seremos, lindas, guerreiras e dignas de muito respeito a admiração.